quarta-feira, 28 de agosto de 2019

M.D.A.

O método não há nada de mau,a questão é :

1. O que é ensinado nas células
2. Qual o objetivo dessas células
3. Qual a centralidade ou filosofia disso

Infelizmente esse modelo é como outros parecidos com G 12 : visam o crescimento numérico com mensagem pragmática e utilitarista ( O pragmatismo propõe que o raciocínio, de modo similar às Ciências, priorize a observação de fenômenos, testes, formulação de hipóteses e revisão de teorias, mas defende que não existem verdades absolutas. O sentido das coisas está relacionado dentro de sua utilidade.),com base no modelo do Castellanos,que são métodos que funcionam dentro de seus contextos.O M.D.A, diferencia do modelo dele por ser mais prático (pragmático),adaptável e descomplicado( utilitário)

Infelizmente marcado por desvios doutrinários,numa proximidade forte ao judaísmo,numa "escravidão espiritual" em dar resultados,atingindo a principal doutrina do cristianismo da Graça,já que o crescimento vem do esforço humano e não de uma ação divina.

Até entendo a subjetividade do método e a legitimidade de fé de cada um,mas que não tem como fugir a razão dos fatos.

                                                    ORIGEM

Como diz a boa cartilha.um método pode ser bom como for,mas tem que ser estudado o seu surgimento,pois " os meios não justificam os fins".

Sabemos que esse método nasceu de uma visão do Castellano,após conhecer Paul Yongg Choul que usa o método "com" e não "em" células,mudando o método para G 12 e por outros 12 numa progressão geométrica,sendo a figura do "pastor" um gerenciador de líderes e não de um rebanho.

O Terra Nova pega essa adaptação junto com Valnice ( ambos saíram da igreja Batista)apoiado por várias comunidades,também recem saídas de denominações tradicionais.

Visão : Deus lhe teria dito: "Sonha, sonha com uma grande Igreja, porque os sonhos são a linguagem do meu espírito. A Igreja que hás de pastorear será tão numerosa quanto as estrelas do céu e a areia do mar, que de multidão não se poderá contar". Nessa mesma "visão"Deus teria lhe perguntado: que Igreja gostarias de pastorear? De acordo com suas experiências, observou que os que têm êxito são os que apreenderam a ter esperança, a "sonhar", a projetar-se 

Castellanos ensina que, pela utilização dos sonhos, todos nós podemos provocar transformações no mundo real, trazendo à realidade aquilo que incubamos em nossas mentes. Ao afirmar que o "mundo é dos sonhadores", ele coloca uma condição para que recebamos tudo de Deus: atrever-nos a sonhar. Esta afirmação contrasta com o que a Bíblia diz: "e esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve" (I Jo 5:14). Não existe absolutamente passagem alguma na Bíblia que se possa usar para endossar a afirmação de que os sonhos são a linguagem do Espírito de Deus. Há uma gritante diferença entre receber visões e sonhos de Deus e desenvolver os seus próprios.

Esses dias o Whatiman me contou um sonho que teve e acho que andou lendo esse livro do Castellano,pois nesse sonho Deus entregou uma capa cor purpura  para ele, e segundo ele Deus o chamou para ser "Rei",tentei mostrar algumas coisas e ele não concordou e até achou que eu o desmotivava kkkk ...

Este "evangelho", como afirmou o Pr. David Wilkerson "busca transformar homens em deuses". É-lhes dito: "seu destino está no poder da mente (...), transforme seus sonhos em realidade usando o poder da mente". Fique sabido de uma vez por todas que Deus não abdicará de Sua soberania em favor do poder de nossas mentes, seja ele positivo ou negativo. Devemos buscar a mente de Cristo, e Sua mente não é materialista; não se focaliza no sucesso ou na riqueza. A mente de Cristo se focaliza na glória de Deus e na obediência à Sua Palavra.

Foi assim que surgiu a "Visão" para implantar o Modelo dos Doze, o conhecido G-12, com Igrejas em Células de multiplicação, resultado de um visionário sonhador,foi desse modelo que o M.D.A. foi copiado.

Eu creio em sonhos e nessa afirmativa que devemos sonhar,porém desde que tudo seja de conformidade com a Palavra de Deus e não de acordo com desejos e caprichos pessoais. Todos os movimentos gnósticos e seitas e heresias até agora surgidos sempre foram com base em "Visões e Revelações", conforme afirmaram, dados por Deus ( Joseph Smith (fundador da Igreja dos Mórmons), Ellen G. White (Mãe da Igreja Adventista), Kenneth Hagin (Teoria da Prosperidade), David Berg (Os meninos de Deus), Essek Willian Kenyon (Confissão Positiva) e outros mais.

Não é bíblico, dizer que "os sonhos são a linguagem do Espírito de Deus". O Espírito Santo não nos traz sonhos, traz-nos realidade e poder para proclamarmos o Evangelho de Cristo (At 1.8) e termos comunhão com Jesus Cristo (Jo 14.26). É o Espírito Santo quem nos convence do pecado (Jo 16.18), revela-nos a verdade a respeito de Cristo (Jo 14.16-17), realiza o novo nascimento (Jo 3.5-6) e faz-nos membros do corpo do Senhor Jesus (I Co 12.13).A única fonte infalível se chama Escituras,pelo menos é uma das "solla".Muitos desses sonhos são mais vaidades pessoais,numa redoma de vaidades.

 "Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que são só profetas do engano do seu próprio coração (Jr 23.25-26)

Para o Pastor César, somente após participar do "Encontro", é que o crente recebe a cura interior e é liberto de qualquer maldição que tenha imperado em sua vida, bem como experimenta o verdadeiro arrependimento e o novo nascimento. O "Encontro", afirma ele, é mais importante do que os batismos na água e no Espírito Santo e eqüivale a todo um ano de assistência fiel à Igreja (livro citado, pág. 91).

A cura interior existe,eu creio,mas precisamos ter muito cuidado para que não aconteça uma "regressão",que são práticas psicoterápicas e espírítas.

Para ele o "Pastor da Igreja é o Espírito Santo", enquanto que ele (o Pastor César) "é apenas o colaborador" (livro citado, pág.107-108).A Bíblia Sagrada nos afirma que o Pastor é o "apascentador do rebanho de Deus" (At 20.28) e responsável pela "pregação e doutrina da Igreja" (II Tm 4.1-4), enquanto que o Espírito Santo é o que habita em todo crente salvo (Jo 14.16-17 e I Co3.16) e adverte a Igreja contra a apostasia (I Tm 4.1-2), além de outros atributos. Em lugar algum das sagradas escrituras encontramos Jesus, os apóstolos, ou o próprio Deus dizendo que quem pastoreia a Sua igreja seja o Espírito Santo. São homens, sim, escolhidos por Ele (Deus) para tomar conta do rebanho dEle, apascentar os salvos por seu Filho Jesus (Ef 4.11-12). Esse pastor gosta de inverter as coisas. E como gosta!Até que pode acontecer um pastoreio assim,mas quem vai determinar o que é a vontade do Espirito ou não?

Olha esse devaneio: na pág. 83, que "ganhávamos e ganhávamos multidões de uma forma sem precedentes na Colômbia, mas muitos deles não ficavam na igreja. Em várias oportunidades encontrei-me com alguns dos convertidos em diferentes lugares, que me diziam: ‘Pastor, eu conheci o Senhor na missão, mas estou congregando em tal igreja’. Eu dizia: ‘Amém, glória a Deus, esta alma não se perdeu, está sendo edificada!’. No entanto, chegou o dia em que Deus chamou minha atenção, dizendo-me: ‘Estás errado: essa alma Eu a trouxe à tua igreja; se tivesse querido mandá-la a outra igreja tê-lo-ia feito. Enviei-a para ti para que cuides dela e espero que me respondas’." Para quem conhece Deus e a Sua Palavra, cremos que aqui não cabe qualquer comentário sobre o relato do pastor colombiano. Primeiro porque Deus não faz acepção de pessoas, nem de igreja, porque para Ele há uma só Igreja, nem tampouco igreja nenhuma pertence a esse ou àquele pastor. A Igreja é do Senhor Jesus Cristo e não uma exclusiva para o pastor César Castellanos.

O trabalho nas casas, onde as células reúnem-se, está acima de todo e qualquer trabalho realizado no Templo. Ao contrário do que ocorre nas demais Igrejas, que possuem ‘grupos familiares’, de ‘discipulado’, etc , que desenvolvem trabalhos de aprendizado da Palavra de Deus, e que estão totalmente ligadas e dependentes de suas matrizes, sejam templos centrais ou congregações. A Bíblia nos ensina que quem vela (cuida) dos crentes é o anjo (pastor) da Igreja, e não essa cumplicidade.
"Um Pastor não pode discipular mais do que doze pessoas. Se isso fosse possível, Jesus o teria feito". E continua: "Ele (o Pastor) não pode cuidar bem de uma Igreja com mais de cem membros". Por isso é que "o pastoreio e discipulado acontecem no contexto da célula" 

No modelo do M.D.A, o descrente, após sua decisão para Cristo, vai para a célula (e não para a Igreja), onde permanece por dois meses até participar do "Encontro" (pág. 85). Assim, o novo convertido, após um ano de sua decisão, torna-se um Líder de Célula (Pastor?) e começa então a formar seu grupo de doze  ( Isso explica porque a galera do Jesus vai na célula e no Jesus,mas não vão no culto de domingo à noite e nem no seminário)

Por esse modelo o Líder de Célula é um super crente, que tem todos os dons ministeriais e todos são aptos a pastorear. Ora, as Escrituras ensinam que Deus deu "uns" – não são todos, portanto – para Apóstolos, outros para Profetas, outros para Evangelistas e outros para Pastores e Doutores (Ef 4.11). E como é que vem um movimento desse fazendo de todos os seus adeptos pastores.

Segundo Castellano o Senhor está fazendo uma "virada na unção ministerial". E continua: "a unção não vai estar somente em um homem, e sim, numa equipeA visão  é uma visão de romper esquemas". Relata, também na pág. 10: "É preciso romper as velhas estruturas…ficamos absolutamente convencidos de que a Igreja em Células ou nas casas, sem deixar as grandes celebrações de todo corpo no Templo, era caminho de volta, no que concerne à estrutura". Assim, esse movimento deixa de lado toda a estrutura eclesiástica da Igreja, como ela é atualmente em todas as denominações evangélicas, e passa a existir de forma desestruturada. É bom que se diga, inclusive, que até seminários são condenados por seu criador. É tanto que a Pr. César Castellanos, ao criar esse movimento, acabou com os que existiam em sua igreja, alegando ser desnecessário o preparo do Líder em uma escola convencional, mas que após um ano, apenas, de treinamento na ‘escola de líderes’seria suficiente para prepará-lo.

Pelo que se observa e compreende, o modelo é para todo o crente (Líder de Célula) ser um Pastor e nada de um só Pastor para o rebanho (Igreja)."Há necessidade de inovar de forma radical e contínua. Toda a visão implica em inovação. Estar disposto a romper com os moldes tradicionais, faz parte do risco" (pág. 48). Ainda: "a lista de mudanças é quase infinita... tudo porque decidimos por em prática o poder da inovação, romper os velhos moldes. Definitivamente devemos ser criativos, o mundo é daqueles que inovam." (pág. 52). Acrescenta ainda o Pastor César ao falar sobre o nome de sua Igreja (Missão Carismática Internacional): "...parecia-nos estratégico não colocar nenhum termo que associasse com o evangélico, para que não produzisse rejeição, ou apatia, e a estratégia funcionou" (pág. 51).

Pelo que se vê, todos têm a unção (e a capacidade) e a chamada de Deus para ser Pastores, nessa visão. Essa filosofia vai de encontro ao que o Senhor Jesus Cristo ensinou sobre os diferentes talentos que são concedidos aos crentes. Nem todos têm a mesma capacidade, portanto. Compare Mateus 25.15, onde Cristo afirmou textualmente: ‘e a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade’. Deus deu "uns" – não são todos, portanto – para algumas funções ministeriais (Ef 4.11-12), visando ao aperfeiçoamento dos santos e à edificação do corpo de Cristo (Igreja), 

quarta-feira, 22 de maio de 2019

GÊNESIS DE UM DISCIPULADO (Filipenses 3:1:16)

                                                    DISCIPULADO ( Filipenses 3:1-16 )


                                                                   Introdução


A perícope destacada para o estudo deste capítulo se encontra dentro de uma carta escrita por Paulo à comunidade cristã que está em Filipos, importante cidade da província romana da Macedônia. Paulo se tornou pregador de um evento cujos seguidores foram, anteriormente, vítimas de sua perseguição( Fl 3,6; Gl 1,13; 1Cor 15,9). Ele se define como “servo de Cristo Jesus” e seus destinatários lhe são muito caros( a carta é mal entendida quando é lida como discurso teológico, apologético, carta de amizade. O ponto é reconstruir a unidade da comunidade . “Filipenses deve ser lida como uma composição epistolar e ao mesmo tempo como uma significativa estratégia retórica”)

O pressuposto da abordagem ao texto de Fl 3,1-16 é que a carta aos Filipenses é um escrito unitário, cuja finalidade é instruir a comunidade sobre o essencial da vida em Cristo. Para tal fim, Paulo apresenta o exemplo de Cristo (Fl 2,5-11) e sua experiência de gênese para o discipulado (Fl 3,1-16). 

Nesta carta ele agradece seus amigos pela proximidade e ajuda prestada enquanto está na prisão (Fl 4,10-20).

O ambiente cultural de Paulo foi a diáspora, com os reflexos da cultura helenística.Influências do helenismo em Paulo: 

a) a interpretação espiritual da circuncisão, em Fl 3,3, “Nós somos a circuncisão, e não os que mutilam sua carne!”; 

b) a interpretação ética da circuncisão: é a circuncisão do coração que realmente conta (Rm 2,25ss); 

c) a proclamação batismal: “não há mais judeu nem grego”, em Gl 3,28; 

d) a declaração de que nem a circuncisão nem a incircuncisão contam, mas guardar os mandamentos de Deus (1Cor 7,19); 

e) a recapitulação da lei no mandamento do amor (Gl 5,14; Rm 8,13ss); 

f) a discussão sobre o sacrifício e o λογικὴν λατρείαν (Rm 12,1). 

Precisa-se admitir que o judaísmo que precedeu Jesus e Paulo já era um judaísmo helenizado. Tenhamos presente que já eram passados 360 anos da dominação helênica naquela região. Daí falar de uma helenização do cristianismo, com as descobertas de hoje, é irrelevante.Sua experiência religiosa de base é aquela nas sinagogas entre os gentios. Sua experiência no caminho de Damasco( At 9,1-22; 22,5-16; 26,12-18.) é recontada nesta perícope com traços que vão além de crônica, dando ao ouvinte-leitor a interpretação em nível profundo do acontecido, para influenciá-lo de modo a fazer sua própria experiência com Cristo, nos moldes do essencial apresentado.

O objetivo do estudo exegético é narrar o texto, a partir de dentro, de maneira a obter uma compreensão em um modo mais profundo, levando em conta fatores que não é possível ter todos presentes em uma primeira visita. 

Esta narração está em função de que a comunidade de fé, à qual foram destinados os escritos, possa, de modo novo, escutar a Palavra fundadora por meio das palavras tecidas no texto.

O critério adotado para a segmentação( unidades sintagmáticas provisórias [...]; grandezas mais fáceis de serem manejadas) foi dividir os períodos em frases verbais e nominais. 

Por que a segmentação? 

Porque as palavras falam e suscitam atitudes. Tudo no texto é elemento de comunicação com o ouvinte-leitor. Se for verdade que as partes recebem do conjunto seu horizonte de compreensão, pode-se dizer que o todo do texto é composto pelo belo mosaico das palavras e da relação das palavras entre si. Sendo assim, segue o texto, sua segmentação e tradução.

(13 )ἀδελφοί ἐγὼ ἐμαυτὸν οὐ λογίζομαι κατειληφέναι ἓν δέ τὰ μὲν ὀπίσω ἐπιλανθανόμενος τοῖς δὲ ἔμπροσθεν ἐπεκτεινόμενος

(14 )κατὰ σκοπὸν διώκω εἰς τὸ βραβεῖον τῆς ἄνω κλήσεως τοῦ Θεοῦ ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ

(13)Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha conquistado; mas tomo a seguinte atitude: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que estão adiante de mim,

(14)Apresso-me em direção ao alvo, a fim de ganhar o prêmio da convocação celestial de Deus em Cristo Jesus


O centro comunicativo da perícope é a experiência de Paulo ( Fl 3,7- 11), o que vem antes serve como preâmbulo e o que segue é uma explicação de modo a esclarecer aos destinatários as consequências do evento em suas vidas,como gênese para o discipulado. As inúmeras referências que esta perícope faz ao conjunto da carta demonstram que este capítulo 3 lhe é uma parte integrante tal como se apresenta.

O início da perícope em 3,1 é muito contestado, o que parece advir de dois motivos: a expressão λοιπόν, que seria conclusivo, e os três imperativos voltados aos opositores da comunidade, que indicariam um novo assunto. 

Quanto ao primeiro motivo,λοιπόν , em vez de ser traduzido com um “finalmente” para concluir, ele pode perfeitamente ter a função de retomar a argumentação para dizer algo destacando-o. 

Este é o caso da perícope em estudo. Vê-se isso confirmado também em outros escritos de Paulo. 

Em 1Cor 7,29:[“Eu digo, irmãos: o tempo abreviou-se. então, que doravante, os que têm mulher vivam como se não tivessem”. 

No contexto em que há a escolha do estado de vida em relação à mulher, a frase “os que têm mulher vivam como se não tivessem” reforça o argumento, com uma frase “de efeito” sem com isso concluir o raciocínio, até mesmo abrindo para os versículos que seguem até o fim do capítulo. 

Em 2Ts 3,1, λοιπόν marca claramente o início de um novo argumento. No contexto da perícope de 3,1-16, λοιπόν é mais bem traduzido por “pelo que resta [a ser dito]”. Deste modo, o v. 1-2 com seus cinco períodos absolutos, introduz os imperativos que colocam em guarda a comunidade; por sua vez a indicação dos oponentes e seus valores deixados subentendidos são o preâmbulo da partilha que Paulo faz refletindo o sentido profundo do que aconteceu com ele para que se tornasse alguém que corre para alcançar Cristo.

Quanto ao segundo motivo, os imperativos que irrompem em Fl 3,2 têm a função de introduzir as coisas sobre as quais é sólido (ἀσφαλές) falar, e que não é custoso (ὀκνηρόν) para Paulo fazê-lo. Ou seja, os imperativos justificam a solene abertura da perícope: 

Eis uma visão geral da perícope:

.o v. 1 introduz a perícope;

.os vv. 2-3 introduzem de forma antitética o assunto (eles/nós). Os motivos de confiança na carne

.(4-6) são numerosos, e mesmo superior a que outros poderiam ter; esses motivos, tidos como ganhos tornam-se perda diante da novidade que é o conhecimento de Cristo Jesus

.(7-9). Este conhecimento leva a uma comunhão com o conjunto do mistério de Cristo, que é personalizado pelo crente

.(10-11). O desfecho tende para o futuro

.(12-14). Com os vv. 15-16 chega-se ao repouso da trama

O imperativo de 3,17a: Συμμιμηταί μου γίνεσθε ἀδελφοί marca um novo início. 

Esta nova perícope terá sua conclusão em 4,1. 

O texto pinta diante do ouvinte-leitor dois quadros bem distintos: 

1.Os que caminham de acordo com o modelo (3,17. 20; 4,1)  

2.Os inimigos da cruz de Cristo (3,18-19). 

O texto se propõe a afastar a comunidade desse último grupo e aproximá-la daquele primeiro grupo, do qual Paulo faz parte e anteriormente falou de sua experiência (Fl 3,1- 16).

                                              A ORGANIZAÇÃO DO TEXTO 


O texto possui uma organização que é dada pela sua sintaxe, no modo como os morfemas se relacionam. 

Os substantivos dão força conceitual, os verbos indicam as ações  

As preposições vão conduzindo o movimento. 

Serão destacados três focos de organização do texto: 

-a alternância pessoal (vós, nós e eu), 

-a retomada lexical  

-função das preposições.


1. A perícope se abre com um vocativo,  ἀδελφοί acompanhado do pronome de 1ª pessoa ὑμῖν (1a),e que é retomado no pronome  ἡμᾶς(1c e 1d). Os imperativos do v. 2 dão ao texto um caráter exortativo direto. O v. 3 é regido pelo pronome ἡμεῖς, deslocando o tom do texto do “eles” para o “nós”, com considerações que trazem para a trama o ouvinte-leitor, sendo ele contemplado. 

Do v. 4 ao v. 12 teremos a exclusividade do pronome em 1ª pessoa (ἐγὼ) e verbos também na primeira pessoa singular. 

Nos vv. 13 e 14 se encontra ainda a regência da primeira pessoa, tendo aparecido o vocativo ἀδελφοί , (13a) que mantém o caráter direto da narrativa. Em15b reaparece a 1ª pessoa do plural, que em 15c e 15d dá lugar à 2ª do plural (φρονεῖτε). A conclusão da perícope no v. 16 é feita com o nós da forma verbal e ἐφθάσαμεν.

A alternância número-pessoal dá ao texto um forte impacto comunicativo, visto que a carta aos Filipenses é uma carta familiar de amizade. Neste gênero as falas se misturam entre dar notícias de si, exortar e falar das coisas comuns. Quem escuta e lê tal texto como seu destinatário, naturalmente se percebe envolvido, é algo dito por alguém familiar que desperta sentimentos e convites a atitudes; tais atitudes requeridas são indicadas pelo texto, na sua gramática.

                                                            RETOMADA LEXICAL


Nota-se a concentração do léxico e os pronomes a ele referidos, sobretudo no período em que a primeira pessoa singular é o carro chefe; estamos diante de uma experiência pessoal com Cristo.

Finalmente, o verbo καταλάβω serve como grampo entre dois períodos (v. 12 [12d καταλάβω 12e: κατελήμφθην com v. 13 [13b: κατειληφέναι). O v. 12 enfatiza o “já” do ser alcançado e o v. 13 o “ainda não” da necessidade de correr para alcançar.

                                                              FUNÇÃO DA PREPOSIÇÃO


Se os verbos são responsáveis pelo movimento do texto, as preposições direcionam o movimento, contendo a força dos verbos para produzir energia de comunicação. A perícope paulina, rica em preposição, apresenta a ideia de uma força domesticada, na qual a comunicação é clara e o ouvinte-leitor sente as marcações por meio das preposições.




segunda-feira, 15 de abril de 2019

ENTREGA O TEU CAMINHO

                                                   ENTREGA O TEU CAMINHO AO SENHOR

                                                                                                       ( SALMO 37:5 )



                                                                      INTRODUÇÃO


Buscar a Deus de todo coração,mas quem consegue?

- Seitas hoje oferecem o que acreditar

- O que buscamos?

. Buscamos a benção ou buscamos o dono das bençãos?

Entregar a vida a Deus:

- Inexplicável
- Atitude de fé

Essa "entrega "possui questões:
- Confiança mútua

"4 PONTOS DA NOSSA CAMINHADA COM DEUS"

1. ENTREGA GENUÍNA PARA NOS CONDUZIR

. APOCALIPSE 3:19

Jesus tem que ficar do lado de dentro nessa caminhada pois Ele é Senhor.
A vida cristã é uma Teocracia
Quando ele corrige,corrige porque é Senhor
- Ele é quem reina
- Precisamos ter um coração ensinável
- Ele é quem dá o comando

2. ENTREGAR É ACEITAR O GOVERNO DE DEUS

. PROVÉRBIOS 3:5-6

Entregar é submenter
É  ter reverencia e temor
Jesus muda a nossa história e não apenas a história
Aceitar seu governo "sem porquês"

3. DEUS QUER MAIS QUE O CORAÇÃO

. Ele quer mais que amar,Ele quer "obediência "
.O "não" divino não é bom a princípio
. Quem ama cuida
.Ele tem aliança com quem Ele ama
. Obedecer é mostrar a mudança de dentro pra fora

4. ENTREGUE O SEU MELHOR PARA DEUS

. Pra entregar o melhor empecilhos surgirão
.Jesus se entregou independente de nós: deu o melhor
. Para eu dar o melhor não posso olhar pros outros
. Os maus exemplos não são nosso espelho
 
                                                                    CONCLUSÃO


Como está a nossa aliança?
Precisamos rever essa aliança
Curve-se diante da soberania de Deus



segunda-feira, 8 de abril de 2019

Ivan Pavlov

 A aprendizagem é o foco principal do campo da psicologia educacional. .  

Começaremos discutindo o condicionamento clássico.Precisamos examinar a definição e os conceitos de condicionamento operante. A melhor forma é ex através da plicação dos princípios da teoria da aprendizagem social,conhecerendo algumas aplicações dos princípios do condicionamento clássico, do condicionamento operante e da teoria da aprendizagem social

Entre as descobertas da psicologia moderna está a do fisiologista Ivan Pavlov sobre a investigação da salivação dos animais durante a digestão.

Resumido:

Condicionamento clássico é um tipo de aprendizagem baseada na associação de estímulos, que não eliciam uma resposta particular com outros estímulos que eliciam a resposta

Um estímulo incondicionado(exposição da comida ) ,pode provocar um reflexo incondicionado( saliva ),seguido de um reflexo neutro,fazendo um reflexo condicionado começar a desenvolver,provocando um estímulo condicionado,gerando um reflexo condicionado

O elemento chave do condicionamento clássico é a associação. Isto significa que dois estímulos experimentados juntos repetidamente, se tornarão associados.

Um exemplo:  "Se um estudante frequentemente encontra estímulos geradores de desprazer nas aulas de matemática, como professores pouco amigáveis, questões muito difíceis, e um monte de deveres de casa, ele pode aprender a não gostar de matemática."

Pavlov descobre isso quase que por acidente,nesses experimentos com comida para cachorro.

De uma forma simples, um estímulo é qualquer coisa que pode influenciar diretamente um comportamento e produzir uma resposta. No condicionamento classico, existem dois tipos de estímulos e dois tipos de respostas: 

estímulo incondicionado, estímulo condicionado, resposta incondicionada, e resposta incondicionada

Exemplo :Estímulo Incondicionado (EI) É um estímulo que pode produzir a resposta sem nenhuma aprendizagem. Ex: carne

Exemplo: Resposta Incondicionada (RI) É a reação não aprendida ou inata, ao estímulo incondicionado. Ex: salivação

Exemplo: Estímulo Condicionado (EC) Estímulo condicionado adquire a habilidade de produzir a resposta porque foi pareado (associado) com o estímulo incondicionado Ex: som

Exemplo: Resposta Condicionada (RC) Quando a resposta é produzida pelo estímulo condicionado, é chamada de resposta condicionada. Ex: salivação

 Fenômenos comuns em condicionamento clássico Existem três fenômenos comuns que ocorrem no condicionamento clássico: generalização, discriminação e extinção.

1.Generalização ocorre quando um estímulo similar ao EC produz a RC. Um estudante pode generalizar o seu medo de realizar provas para as disciplinas de física e química, embora ele tenha se saído mal apenas na prova de matemática. Neste caso, as provas de física e química são estimulas similares às provas de matemática e produzem a RC por si mesmas.

2.Discriminação é o oposto da generalização. Refere-se à habilidade em diferenciar estímulos similares. Por exemplo, um estudante pode sentir medo durante a prova de matemática, mas não durante a prova de física ou de química. Isto mostra que o estudante está apto a diferenciar entre situações apropriadas e não-apropriadas para emitir respostas.

3.Extinção é um processo de desaprender a resposta aprendida por conta da remoção da fonte original da aprendizagem. No condicionamento classico, extinção é feita ao apresentar repetidamente o EC sem o EI. Essa ação provocará um decréscimo da frequencia da RC. Eventualmente, a RC desaparece. No exemplo mencionado, se o estudante repetidamente passa na prova de matemática, seu medo de provas de matemática desaparecerá

O condicionamento Clássico (ou reflexo, ou Pavloviano) é bastante comum em nossa vida. Por exemplo, crianças choram ao ouvir o barulho da máquina do dentista pois, em sua vivência, o som da máquina (estímulo neutro) foi associado a dor (estímulo incondicionado). Com o passar do tempo, apenas o som da máquina já é capaz de eliciar emoções negativas que apareceram no momento do uso da máquina (ansiedade, medo ). 


                                                               CONDICIONAMENTO OPERANTE 


Condicionamento operante é uma forma de aprendizagem na qual a consequência do comportamento leva a mudanças na probabilidade de que o comportamento irá ocorrer.

Thorndike (1874-1949) foi o pioneiro no estudo desse tipo de aprendizagem. Sua famosa formulação da Lei do Efeito está no âmago do condicionamento operante. A Lei do Efeito afirma que:

“O comportamento que gera um efeito de satisfação (reforçamento) está apto a ser repetido, enquanto o comportamento que gera um efeito negativo (punição) está apto a ser suprimido"

 Reforçamento é a consequência que aumenta a probabilidade do comportamento voltar a ocorrer. Por outro lado, punição é uma consequência que diminui a probabilidade do comportamento ocorrer. Colocado de outra forma, reforçamento irá fortalecer o comportamento enquanto punição irá enfraquecer o comportamento. 

Existem duas formas de reforçamento e punição:

Reforço positivo e negativo : Os dois tipos de reforçamento são usados para aumentar a probabilidade de que um comportamento precedente será repetido

Punição positiva e negativa : Os dois tipos de punição são usados para diminuir a probabilidade de que o comportamento precedente será repetido

Note que quando alguma coisa é adicionada ou apresentada, o processo é chamado de positive e quando alguma coisa é removida ou tirada, o processo de aprendizagem é chamado de negativo.

                                               TEORIA DO REFORÇO

                                                                               Ratos,pombos e um organismo vazio



Skider não deixou uma teoria sobre personalidade em termos descritivos e concretos ,mas do comportamento,defendendo a tese de que seja analisadas as respostas observáveis,por definir a psicologia como a ciência do comportamento,ela é a antítese da análise psicanalítica com traços desenvolvimentistas,cognitivas e humanistas e isso envolve objeto e métodos .

Ao contrário dos outros,Skider não busca elementos subjetivos e aplica raciocinio análogo aos processsos físicos que não são observáveis e nem importantes para a ciencia. Para ele os seres humanos  são "organismos vazios ",logo o interior do organismo é irrelevante ,pois não explica comportamentos em termos científicos.

Ele também diversificava de outros,pois nã se baseiava em pessoas de comportamentos emocionalmente perturbadas ,mas em pessoas normais e medianos,e mesmo que suas teorias sejma para humanos,ele teve suas pesquisas em pombos e ratos.

Sua busca era por respostas comportamentais a estímulos e não por experiencias de infância ou sentimentos de adultos,e dar resposta a estímulos os animais fazem muito bem,as vezes melhor que humanos  e apesar de diferentes a questão está na intensidade e que meio elementares deve ser vistos primeiros antes dos complexos .

Suas técnicas terapêuticas foram grandemente usadas para tratar de distúrbios como psicose,deficiencia mental e autismo,inclusive em escolas e hospitais.


A VIDA DE SKINER 




Nasceu na pensilvânia e era primogênito(teve 2 irmãos),educado para ter temor a Deus,policia e o que as pessoas vão pensar.Sua mãe unca abria mão dos seus ensinos,a avó se certificava de que tinha consciencia das punições e seu pai ajudou na sua aprendizagem moral e a sina que recai sobre criminosos,mostrou-lhe a cadeia pública.

Sua biografia é marcada por estas questões de infância presentes em sua vida adulta ou seja,seu comportamento adulto é influenciado pelas recompensas e punições(reforço)  na infancia.Sua atividades na infancia foram proféticas para a afirmação que pessoas funcionam como máquinas,logo são previsíveis.

Seu interesse pelo comportamento animal veio também da infância,cheio de animais de estimação,entre eles um casal de pombos adestrados que o fascinava 


COMPORTAMENTO RESPONDENTE 

Ele diferencia 2 comportamentos :

1. Respondente : Um comportamento a partir de um estímulo (automático )

2. Operante : Um comportamento aprendido ou condicionado  (Pavlov e adotado por Watson mais tarde como método de pesquisa básico de comportamento )
A experiencia de Pavlv mostrou a importancia do reforço ou recompensa,daí fundamentar a lei de aprendizagem,onde o reforço aumenta a probabilidade de resposta 

A CAIXA DE SKINNER

o centro DO CONDICIONAMENTO OPERANTE

Uma caixa de Skinner, também conhecida como câmara de condicionamento operante, é um aparelho fechado que contém uma barra ou chave que um animal pode pressionar ou manipular de modo a obter alimentos ou água como um tipo de reforço.

esta caixa também é um dispositivo que grava cada resposta fornecida pelo animal, assim como o único esquema de reforço que ao animal foi atribuído.

Skinner se inspirou para criar a sua câmara de condicionamento operante como uma extensão das caixas de quebra-cabeça que Edward Thorndike usou em sua pesquisa sobre a lei do efeito.

 Usando o dispositivo os pesquisadores poderiam estudar cuidadosamente o comportamento em um ambiente muito controlado. Por exemplo, os pesquisadores poderiam utilizar a caixa de Skinner para determinar qual esquema de reforço levou à maior taxa de resposta nos sujeitos do estudo.
Por exemplo, imagine que um pesquisador quer determinar qual esquema de reforço vai levar a taxas de resposta mais elevadas.
Pombos são colocados nas câmaras de condicionamento operante e recebem uma bolinha de comida por bicar uma chave de resposta. Alguns pombos recebem uma pelota para cada resposta (reforço contínuo), enquanto outros recebem uma pelota somente após ter ocorrido um determinado período de tempo ou número de respostas (reforço parcial)
Nos esquemas de reforço parciais, alguns pombos recebem uma pelota depois de bicar cinco vezes. Isto é conhecido como um esquema de razão fixa. Pombos no outro grupo recebem reforço após um número aleatório de respostas, que é conhecido como um esquema de razão variável. A outros pombos é dado uma pelota depois que um período de 10 minutos tenha decorrido. Isso é chamado de esquema de intervalo fixo. No último grupo, como reforço aos pombos são dadas pelotas com intervalos de tempo aleatórios, o que é conhecido como um esquema de intervalo variável.
Uma vez que os dados foram obtidos a partir dos ensaios nas caixas de Skinner, os pesquisadores podem, em seguida, olhar para a taxa de resposta e determinar quais esquemas levam ao mais alto e mais consistente nível de respostas.
A menos que os fatores sejam analisados é possivel planejar e implantar um programa de modificação de comportamento.
O fumante fuma diante de estímulos,se identificarmos os estímulos tem como modificar seu comportamento.As principais abordagens:
Observação direta
Autorelato
Mensurações fisiológicas
Às vezes por falta de observação se recompensa o mau comportamento com o reforço
O auto-relato um tipo de teste psicológico no qual o paciente preenche uma pesquisa ou questionário com ou sem o auxílio de um profissional de saúde mental.Apresentam questões sobre sintomascomportamentos e traços de personalidade associados a um ou vários transtornos mentais ou tipos de personalidade, de forma a facilmente obter conhecimento sobre quadro mental ou personalidade de um dado indivíduo. 

                                                    A MODELAGEM DO COMPORTAMENTO


A influência dos fatores ambientais na modelagem do comportamento humano, o que confere, pois, a pais e educadores papel central no desenvolvimento de certas habilidades e ações nas crianças. A modelagem é obtida proporcionando-se reforçadores após respostas que gradativamente se aproximam da resposta que se deseja obter.
 

O COMPORTAMENTO SUPERTICIOSO

A vida não é sempre ordenada e comportada como num laboratório de psicologia, somos reforçados após sermos reforçados diante de um comportamento  e isso o fará repetir-se 
Skinner realizou sua pesquisa em um grupo de pombos famintos cujos pesos corporais tinham sido reduzidos para 75% do seu peso normal quando bem alimentados. Por alguns minutos a cada dia, um mecanismo alimentava as aves em intervalos regulares. O que os observadores dos pombos encontraram mostrou que os pássaros desenvolveram um comportamento supersticioso, acreditando que, agindo de uma maneira particular, ou fazendo uma determinada ação, a comida iria chegar
Ao final do estudo, três quartos das aves tornaram-se supersticiosas. Um pombo, em busca de alimentos, acreditava que, ao se virar na gaiola duas ou três vezes seria alimentado, mas não apenas em qualquer direção; o pássaro aprendeu a se virar no sentido anti-horário e parecia acreditar que isso significaria que ele seria alimentado.
Mas a superstição é mais evidente em todos os dias no comportamento humano, como você já deve estar cansado de saber.

CONTROLE DE COMPORTAMENTO 
Skinner propôs várias técnicas de autocontrole,um desses é evitação de estímulos  que o afeta.já que ele defende que variáveis externos controlam e moldam  o ser humano 

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

Skinner usava o condicionamento operante,usando mais o reforço do que a punição,defendendo que a mesma não é eficiente para mudar comportamento observável,funcionando na hora mas não é longo,ja o reforço punitivo,muda o comportamento para evitar estimulos aversivos,mas ele era contra a estimulos nocivos para mudar comportamento,por não saber as consequencias e nem sempre funciona.

A NATUREZA HUMANA

Cada ser humano é diferente e tem experiencias diferentes,logo na visão de Skinner não influencia e nem padrão  interno ou subjetivo.Não se preocupou com um objetivo fundamental,nem com superação de inferioridade,redução de ansiedade ou esforço por realizações.,pois são questões de estados internos e subjetivos,que ele não aceitava.A visão dele é sempre social e não individual

quarta-feira, 3 de abril de 2019

A importância da semente no MDA

                                                      A SEMENTE E O MDA



Muito se fala de crescimento,esforço,dedicação para que a célula cresça,para que o discípulado seja eficiente,porém a desilusão tem sido grande,pois muitas células não crescem e muito discipulado não alcança seu fim ( solidificação ),apesar do esforço,dedicação e uma boa estratégia.

Hoje fui à um café da manhã de pastores,que tem por visão células,MDA etc... Achei incrivel tudo que ouvi,principalmente pela simplicidade com que o preletor narra o processo da sua igreja chegar a 65 mil pessoas.

Chegando em casa,fui meditar em tudo e me veio a palavra "semente".

Ela é o insumo primeiro do sucesso ou fracasso da produção,por conter todas as potencialidades produtivas da planta,por ela os melhoramentos genéticos da espécie chegam até o trabalhador.Esses métodos produzem rapidez e eficácia 

Por melhor que seja a prática agrícola,a adubação,tratos culturais e manejo da cultura poderá aumentar a produtividade além dos limites impostos pela semente

A vantagem do insumo da semente é o uso de pequenas quantidades ( custo menor )que rapidamente podem ser multiplicadas.

Logo,procede a revelação divina a mim sobre "semente ",pois ela é importante e maravilhosa.A semente é quem dá continuidade a vida da espécie.Tem que ser uma boa semente para ter bons embriões que desenvolvam e cresça até a fase adulta.

A semente é esse elo de ligação entre o passada e a nova geração por ser a portadora das caracteres hereditárias da espécie.

Mas há um preço que muitos líderes não querem pagar,pois o nascimento desta semente,ocorre com a germinação e após a formação da planta ,todos os seus processos biológicos são dirigidos para a formação de novas sementes,ou seja "ela more  pra si ".Em muitos casos a semente é o único meio de sobrevivência  das espécies,suportando situações adversas dentro do seu invólucro resistente e protetor,a qual a planta não suportaria

Pensando no que foi escrito acima,pensei em escrever algo sobre grupos pequenos e a semente:

Isso me reportou às parábolas de Jesus,uso tão comum na época de Jesus,onde o método de comparações era usado para ensinar "verdades e princípios"( Mateus 13,Marcos 4,Lucas 8 ) e dentre estas a Parábola do Semeador e a Parábola da Semente como ensinos fundamentais para entender as outras parábolas.

Não podemos esquecer que o método de parábolas,obscurece as verdades até serem explicadas,e isso exige atenção no "ouvir" e no " entender".

Há um total de 8 parábolas nos textos já mencionados acima.A parábola da semente começa com a Parábola do Semeador ( Mateus 13 ),onde se frisa "Os Solos".

Jesus estava na Galileia e (não era honrado) fala do Semeador que sai a semear e conta essa parábola,que poderia ser chamada de Parábola dos Solos.

Essa parábola,funcionalmente é preparatória e mesmo nela,é frisada a importância de "ouvir",sendo o segredo da "fertilidade",sendo isso que determina o tipo de solo,que impede a semente germinar e produzir.

1.No verso 19: "ouvem a palavra e não entendem"

Quando isso acontece,Jesus afirma que os pássaros(Satanás) roubam(arranca) a semente.

Se ouvir e não "entender" não germina,pois a semente não penetrou no solo,não retem,não entendeu não sabe aplicar,logo haverá esterilidade.À beira do caminho,a semente não entra no solo,ou seja não é entendida,não é absorvida pela mente e coração ,Satanás então a arranca e essa semente é perdida.

É como um sonho,que se acorda e escapole pela manha,é como se a pessoa nunca tivesse ouvido.


2. Nos versos 20 a 21 fala do que "ouve com alegria,mas não cria raízes",

Ou seja ouve apenas com a emoção.Essa instabilidade não o faz capaz de suportar tribulação e perseguição e não passa por uma transformação por não reter o que ouviu,ficou só na emoção e também não penetrou.

As emoções falaram mais alto que a razão,mas não desceu à vontade não permitindo a obediência diante dos testes de posturas,logo foi só uma empolgação.


3. No verso 22 fala do que ouve mas tem preocupações mundanas.

Não se pode servir à 2 senhores,pois servimos aonde está o nosso coração

Se envolve com outros alvos,e o temor ao Senhor não é prioridade,querem conhecer outras coisas e não o Senhor.


4. No verso 23 fala do que ouve e entende

Ele retém a palavra po"r ter entendido,e esse entendimento atinge não apenas a mente e a emoção,mas tambem a vontade,logo penetra e cria raízes,suportando provações,focando a obedediência ao Senhor,passa a ter mente,emoção e vontade espirituais.

Persiste nas verdades que entende da Palavra,verdades que guiam sua mente,sua emoção e sua vontade,logo tem a vida transformada,com vida estruturada na rocha,possuindo vários graus de produtividade


CONCLUSÃO

"Quem tem ouvidos para ouvir ouça " a lição dessa parábola é o entendimento

Somente entendendo essa primeira parábola preparatória,entenderemos a Parábola da Semente em Marcos 4:26-29.

Como falamos há um conjunto de 8 parábolas em mateus 13,Marcos 4 e Lucas 8 e estão interligadas,não são meras coincidências

Essa parábola mostra como é o crescimento da semente que caiu no solo fértil(Marcos 4:30-32)

"Como uma semente",ou seja sem a palavra não há crescimento,sem a semente não há fruto.

Nessa parábola a ênfase no "ouvir" é básico e Lucas nos adverte ( Lucas 8:18 ).

A pergunta é:Como acontece esse crescimento?

Creio que dando alguns conselhos responderei:

1. Cuidado com as sementes que são plantadas na mente

- Examine as sementes,vê-las com as escrituras

2. Cuidado com o coração

- É nele que acontece o processo de germinação

4. O crescimento não é rápido

- São estágios

- Não é lento,mas é gradual ( Na terra é imperceptível )

- O crescimento acontece na intimidade:

. Não é necessário "sentir"

. Não tem como "medir"

- Analise depois de um tempo

5. Quem causa o crescimento é a Palavra

. Gálatas 3:1-5

- Crescimento pelo que ouve e não pela Lei

- Crescimento pelo Espirito e não pela Lei

( Colossenses 1:29,Filipenses 2:12-13 )

"O Espirito opera o querer e o realizar "

. Antes e depois da conversão é fruto do que "ouvimos "

- Exemplo: Maria melhor parte: "OUVIR!

- Qualquer obra sem básica bíblia não é boa,é ilegítima,os meios de graça perdem sua eficiência

- O crescimento depende da vida da semente,e essa vida vem do ouvir e entender

O atual texto não apresenta apetrechos agrícolas 

- Em 1 Coríntios Paulo mostra que "Deus é quem dá o crescimento"

. Atividade: "ouvir e entender "
. No texto quem planta e rega é excluído da parábola
- Sem esse padrão deus não é glorificado
- Nosso esforço: Se dispor a ouvir( entender )

- Marcos 4:29

. Do chão( escondido ) para ser observável
. Recompensa: fruto